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Publicado em: 5 de abril de 2024

Categorias: Notícias

Logística de transporte: entenda o conceito e os principais desafios para transportadoras

FONTE: Hivecloud

Falar sobre logística de transporte, atualmente, exige de nós pensarmos além da operação de frete, pois envolve outras atividades logísticas e a demanda de funções dos outros setores da empresa.

É quase impossível não tratá-la de maneira estratégica, já que a forma como as empresas cuidam do seu setor logístico geram impactos nas vendas e na percepção que o cliente tem sobre o produto vendido.

Diante disso, qual é o papel da transportadora na logística de transporte? Quais são os desafios que ela precisa enfrentar para prestar um ótimo serviço de frete e conquistar novos clientes?

Confira as respostas para essas perguntas e muito mais neste artigo!

Afinal, o que é logística?

Logística é processo de transporte, movimentação e armazenagem de uma mercadoria. Ou seja, quando um produto sai de um local para outro, há um processo logístico acontecendo para que o elo entre as áreas funcione da melhor forma possível, a fim de que a mercadoria chegue no local certo, no tempo combinado e na qualidade prevista.

É válido ressaltar que a logística acontece tanto internamente, isto é, dentro de uma empresa, quanto externamente, como a relação entre a empresa e seu fornecedor logístico.

O que é logística de transporte?

Já a logística de transporte é um setor logístico responsável por gerenciar o transporte das cargas, como o próprio nome diz.

Faz parte desse processo garantir que a entrega da mercadoria seja realizada da forma mais rápida, segura e econômica possível, sendo o destinatário um consumidor final que realizou uma compra online ou a própria indústria, que aguarda a chegada de suprimentos.

Por isso que a logística de transporte deve ser muito bem planejada e executada. Essa organização garante que todas as etapas de transporte funcionem o melhor possível para não comprometer os ciclos de produção e venda de um produto.

Qual a diferença entre logística e transporte?

O conceito de logística é muito mais amplo, pois nos referimos a um dos principais setores de uma empresa, responsável por gerenciar estratégias para atender às demandas dos clientes.

Na logística, por exemplo, será decidido o modal de transporte mais adequado e serão levantadas as principais necessidades e cuidados da carga durante seu deslocamento.

Já o transporte é uma etapa operacional da logística, sendo responsável por movimentar as mercadorias de um ponto ao outro sem nenhum comprometimento para a carga e para o destinatário.

Quais são os tipos de logística de transporte?

É importante entender que a logística de transporte está relacionada à cadeia de suprimentos (ou em inglês, supply chain), que envolve todas as etapas do ciclo de vida de um produto, desde a compra de matéria-prima para sua fabricação até o descarte realizado pelo consumidor final.

Essa cadeia sempre esteve dividida em três etapas: suprimentos, produção e distribuição dos produtos. Porém, citamos aqui mais um modelo que é a logística reversa. Veja a seguir a relação.

1. Transporte de suprimentos

A transportada tem um papel fundamental nessa primeira etapa, pois ela será a responsável por coletar a matéria-prima com o fornecedor e transportar até a fábrica para que o produto seja produzido.

Isso envolve um cuidado essencial que os funcionários da empresa de transporte devem ter durante manuseio da mercadoria, tanto na hora do deslocamento até o destino quanto no armazenamento e na distribuição da carga.

2. Transporte de produção

A segunda etapa tem a ver com a movimentação dos itens na fábrica associada ao controle de estoque.

Conforme a necessidade do mercado, para não haver desperdícios, os produtos são produzidos e a transportadora vai abastecendo a fábrica com a demanda de suprimentos que ela precisa.

3. Transporte de distribuição

Essa etapa já envolve a função de gerenciar os pedidos dos clientes e todo o processo de distribuição e entrega dos produtos, após a sua fabricação.

Nessa fase, as transportadoras que utilizam a estratégia de cross docking (cruzamento de docas) em suas operações têm uma performance melhor pela agilidade na entrega de mercadorias.

4. Logística reversa

É valido citar, ainda nesse tópico, a importância da logística reversa. Isso porque o seu objetivo consiste no reuso de materiais que foram usados pelos consumidores (última etapa da logística tradicional) e voltaram para as indústrias de modo a serem reaproveitados.

Essa logística pode acontecer, na verdade, após três etapas: venda, consumo e distribuição.

Qual é a importância da logística de transporte?

A logística de transporte exerce um papel importante para o crescimento e a reputação da empresa. É só imaginar um negócio online que vende um ótimo produto por um preço super atrativo.

Você acha possível que essa empresa pode ser líder no mercado com uma péssima qualidade de entrega, onde os produtos não chegam no prazo esperado e há reclamações recorrentes de avarias?

Provavelmente não, principalmente no contexto em que nós, consumidores, estamos cada vez mais exigentes quanto ao serviço de entrega. Quanto mais avaliações negativas dos clientes, menores são as chances de ser referência no mercado.

Por isso que as empresas estão cada vez mais atentas ao indicador OTIF (On Time In Full), um dos principais indicadores de desempenho da logística, e reavaliam a contratação da transportadora responsável por suas entregas.

Logo, é essencial que as transportadoras invistam no seu time operacional e estejam sempre avaliando o desempenho do seu negócio.

Com funcionários bem treinados e aptos para qualquer etapa do transporte de cargas, a fidelização de clientes só tem a crescer, assim como o diferencial competitivo.

Os principais desafios da logística de transporte

Para as transportadoras, a logística de transporte traz grandes desafios. Tanto no quesito de relacionamento com os outros participantes da cadeia de suprimentos quanto nos fatores que fogem ainda mais do seu controle. Confira a seguir a lista dos principais obstáculos enfrentados.

1. Falta de segurança nas estradas

Os riscos nas vias brasileiras são diversos para os transportadores, mesmo o transporte rodoviário sendo o modal mais utilizado para a movimentação de cargas no país.

A condição das rodovias no Brasil é o primeiro risco das estradas que podemos citar. De acordo com uma pesquisa feita Confederação Nacional do Transporte em 2019, após analisar mais 108 mil quilômetros de rodovias pelo país, foi constatado que 52,1% das estradas estão carentes de melhorias relacionadas à pavimentação e sinalização.

Por causa disso, os custos de manutenção dos veículos aumentam e, para evitar esses obstáculos, muitas transportadoras optam por pagar taxa de pedágio a fim de trafegar em vias com melhores condições. De qualquer forma, tudo isso impacta no valor de frete cobrado.

Roubo de cargas é um problema que traz dor de cabeça para todos os envolvidos na operação de transporte, já que o índice de ações criminosas nas estradas é bastante alto e gera um custo ainda maior relacionado à contratação de seguro de cargas e taxa Ad Valorem, que também cai na conta do cálculo de frete.

Por último, outra situação das estradas que dificulta a logística de transporte são os acidentes. As causas relacionadas a esse ponto são problemas internos e externos à transportadora, como, por exemplo:

  • Excesso de carga na carroceria do caminhão;
  • Descumprimento aos horários de descanso do motorista;
  • Atitudes imprudentes do motorista;
  • Má condição do veículo;
  • Irregularidades nas estradas;
  • Assalto a mão armada.

2. Necessidade de profissionais qualificados

Podemos dividir em dois aspectos a importância de uma transportadora contar com profissionais capacitados para enfrentar os desafios da logística de transporte.

O primeiro tem a ver com a necessidade de trabalhar com motoristas que tenham experiência nas estradas e que sejam bons condutores, já que está sob sua responsabilidade a mercadoria do cliente.

Além disso, o cuidado de circular com o Conhecimento de Transporte eletrônico (CTe) e outros documentos fiscais também é importante para evitar problemas de fiscalização.

Segundo, um time de profissionais com conhecimento para monitorar as operações da frota e gerenciar qualquer ocorrência que pode acontecer nas estradas e durante as coletas/entregas também torna-se uma necessidade do setor.

É preciso ter um bom entendimento de cada etapa operacional e saber como funcionam as etapas logísticas das outras empresas que também participam do processo de distribuição. E se tem uma ferramenta capaz de ajudar empresas de transporte a otimizarem o gerenciamento das suas operações é a torre de controle.

3. Aumento da concorrência

É fato que o mercado brasileiro de transportadoras é grande e há empresas de todos os portes. Isso é um ponto que faz o gestor de transporte pensar cada vez mais em como não perder para a concorrência e garantir mais clientes.

Se por um lado o cliente fica feliz quando consegue negociar um preço de frete mais em conta, por outro lado, quem sofre é a transportadora que diminui sua margem de lucro muitas vezes para não perder um serviço, principalmente quando se trata de um pequeno negócio.

4. Preço de frete

O aumento da concorrência, como falamos no ponto anterior, revela outro desafio da logística de transporte no Brasil que é desigualdade no preço de frete.

Isso porque muitas transportadoras cobram um valor mais baixo para não ficar atrás da concorrência, mas que não reflete todos os custos de uma operação de transporte, bem como as taxas envolvidas e qualidade do serviço prestado.

5. Preço de combustível

Uma boa logística de transporte envolve o planejamento dos custos para cada viagem realizada pela frota e o valor do diesel é um deles.

Porém, esse combustível, o mais utilizado para o transporte rodoviário, sofre oscilações durante o mês, o que dificulta para a transportadora trabalhar com um custo exato.

Também é válido mencionar a diferença do preço de um estado para o outro, que aumenta a necessidade de gerenciar o abastecimento dos veículos da melhor forma possível. Para isso, as empresas de transporte investem cada vez mais na gestão de frota.

6. Implementação de novas tecnologias

Mesmo com tantos avanços ao nível de tecnologia no transporte de cargas, há quem ainda insista nos cálculos de frete só de cabeça ou no trabalho com planilhas para atualizar manualmente as diversas operações do dia a dia.

Os motivos para isso são vários: falta de pesquisa, medo de não se adaptar a uma ferramenta digital ou achar que o custo de um sistema de gestão pesaria demais no bolso.

São fatores que também impedem a empresa de avançar na logística de transporte quando o quesito é tecnologia, mas é preciso vencê-los para não ficar atrás da concorrência e otimizar o desempenho da transportadora.

Como fazer isso? Explicaremos no próximo post.

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