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Publicado em: 14 de novembro de 2019
Categorias: Notícias, Agronegócio
A otimização na logística empresarial
Fonte: portal Administradores
Em tempos de crise, é necessário rever todos os conceitos e processos produtivos dentro das empresas, com objetivo precípuo de manter-se firme nesse cenário instável e desfavorável economicamente, buscar diferencias de competitividade e, porque não, margens maiores de lucratividade.
Dentro desse cenário, os custos de logística são muito significantes e impactantes nos números das companhias. A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) estima que o custo com logística em uma empresa equivale, em média, a 19% do seu faturamento. É um valor bastante expressivo, que obriga a mensuração e entendimento desses números, pois pode corresponder ao resultado da operação.
Frente a essa expressividade do custo logístico, as empresas foram obrigadas a se modernizarem e passarem a gerir melhor suas despesas, descobrindo os valores despendidos a título de custos, produção e distribuição.
A ausência de identificação dos reais custos envolvidos no processo produtivo e distribuidor é o grande “furtador” da lucratividade. E ocorre por diversos motivos: falta de conhecimento dos custos diretos e indiretos (principalmente ausência de rateio adequado dos custos indiretos), não utilização dos instrumentos tecnológicos para aferir e aplicar novos procedimentos, entre outros fatores.
Notadamente, no que tange aos custos envolvidos na cadeia logística, existem no mercado ferramentas e métodos bastante eficazes, como a avaliação da lucratividade direta por produto – DDP; custeio total de aquisição – TCO; análise da lucratividade de clientes – CPA; e resposta eficiente ao consumidor – ECR.
Ao organizar e aplicar efetivamente os conceitos expostos acima, o empresário poderá conhecer a cadeia logística completa e direcionar os gastos reais a cada fase, o que gerará a compreensão do custo de cada produto e a devida apropriação. O resultado final é a precisão na lucratividade sobre os produtos comercializados, com as margens de contribuição exatas.
Com estes números expostos, há condições do empresário tomar decisões por determinados nichos de produtos e mercados e/ou dar continuidade no mesmo ramo e/ou alterar a “rota”, sempre no intuito maior de viabilizar e aumentar a lucratividade do negócio.
Sem esse entendimento, muitas vezes o que se mostra lucrativo poderá não sê-lo, após uma análise profunda e profissional, com uma lupa nos custos.
A logística representa quase 19% do faturamento das empresas, dessa forma, deverá ser destrinchada em busca da otimização dos custos e persecução do aumento (ou instalação) da lucratividade.
Silvia L. de Pinho - Advogada do departamento Societário do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados e membro do Task Force de Logística.